‘Superlua Azul’ ilumina o céu no dia 30 de agosto; saiba melhor horário para ver
Nesta data, a lua estará maior e mais brilhante, pois estará no perigeu, ponto da órbita de máxima aproximação da Terra
29/08/2023, às 08h08
No dia 30 de agosto ocorrerá a segunda e última superlua do ano. Nesta data, a lua estará maior e mais brilhante, pois estará no perigeu, ponto da órbita de máxima aproximação da Terra. A superlua de 30 de agosto é também chamada de “Lua Azul” por ser a segunda lua cheia do mês – a primeira ocorreu no dia 1º de agosto.
Assim, em 30 de agosto teremos uma “Superlua Azul”, que será a superlua mais próxima da Terra este ano.
O horário exato do instante da Lua Cheia vai diferir de acordo com o fuso horário. A Lua cheia de 30 de agosto será às 22h35 no horário de Brasília. Para quem está no fuso -4 vai ser às 21h35; no fuso -5, às 20h35, e assim por diante. Mas, para quem está no fuso de -1, a data já muda para 31 de agosto, às 0h35, e para os demais fusos (0, +1, +2, etc), a data da “Superlua Azul” será também, então, 31 de agosto.
Na data da “Superlua Azul”, a lua estará a 357.181 quilômetros da Terra. Destaca-se que, em média, a distância entre a Terra e a Lua é de cerca de 384.400 quilômetros.
Conforme explica a Dra. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao MCTI – os termos “lua azul” e “superlua” não são definições científicas.
O termo “superlua”, por exemplo, foi criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Na revista periódica americana Dell Horoscope, que não existe mais, ele escreveu que receberia o selo “super” uma lua cheia que ocorre com a lua no perigeu ou até 90% próxima desse ponto. Não está claro por que ele escolheu o corte de 90% em sua definição.
Como o termo não é originalmente científico, instituições astronômicas podem divergir sobre a distância da Lua em relação à Terra que caracteriza a superlua.
Josina explica que a superlua, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. No entanto, em alguns casos, a distância Terra-Lua é menor do que em outros. Isso ocorre porque a órbita da lua não é circular, mas sim elíptica.
Portanto, em sua trajetória ao redor da Terra, a lua fica ora mais próxima, ora mais afastada. Quando o satélite se encontra no ponto da órbita mais próximo em relação à Terra, está no perigeu. Por outro lado, quando está no ponto da órbita mais afastado da Terra, a lua está no apogeu.
“Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que outras luas. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta”, destacou Josina.
A astrônoma explica que todas as luas cheias nascem no horizonte (a leste), quando o sol se põe (a oeste), e se põem (a oeste) quando o Sol nasce (a leste), portanto é possível ver a Lua durante toda a noite e de qualquer lugar do país.
Uma boa hora para observar a superlua é quando ela estiver mais próxima do horizonte, logo após o pôr do sol ou no dia seguinte antes do nascer do Sol. Nessa posição a lua parecerá ainda maior e poderá apresentar belas variações de tonalidade, devido às partículas suspensas na atmosfera.
“O evento de uma superlua atrai ainda mais os olhares para o céu nos ajudando a divulgar e popularizar a ciência. E, além disso, é um evento que pode ser visto por muitas horas (durante toda a noite), de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa porque é visível a olho nu, ou seja, sem o uso de qualquer instrumento”, destacou Josina.
Fonte: globo