MENU

JORNAL O+POSITIVO - FUNDADO EM 2004

sábado, 23 de Novembro de 2024

É FÁCIL VER A DIFERENÇA, COMPARE!

PUBLICIDADE

Manchete

Estudante de 17 anos é aprovada em quatro universidades dos Estados Unidos e pede ajuda para se mudar

Após ser campeã estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica, Maria Júlia da Silveira Castro diz que se sentiu ainda mais motivada a estudar em uma boa instituição fora do país. Ela ganhou 80% de bolsa, mas precisa arcar com outros gastos

07/05/2021, às 15h05

Uma estudante goiana foi aprovada em quatro universidades nos Estados Unidos. Maria Júlia da Silveira Castro, de 17 anos, ganhou 80% de bolsa, mas precisa de ajuda para pagar o restante. Por isso, iniciou uma campanha nas redes sociais para arrecadar cerca de R$ 50 mil e realizar o sonho dela.

“Estamos tentando arcar com parte dos custos, mas ainda há muito para completar o valor. Abri a vaquinha e também estou em busca de bolsas externas para ver se consigo juntar essa quantia. É o meu sonho”, diz Maria Julia. A adolescente foi aprovada na Minerva Schools, em São Francisco, na Califórnia; na Davidson College, localizada em Davidson, na Carolina do Norte; na University of Notre Dame, em Notre Dame, Indiana; e na University of Winsconsin, que fica em Madison, no Winsconsin.

Mesmo com tantas opções, Maria Julia já escolheu para qual faculdade deseja ir. “Eu irei para a Minerva School. Foi uma escolha bem difícil, mas eu sabia que a Minerva era a escola que mais se alinha com o que eu quero para o futuro. Irei cursar ciências sociais, com um enfoque prático e voltado à resolução de problemas. Depois de me formar, minha meta é retornar ao Brasil para trabalhar na criação de políticas públicas efetivas, focadas na melhoria da educação”, contou.

A bolsa que a goiana recebeu garante 80% sobre os custos diretos da faculdade durante o período da graduação. O que inclui a anuidade, alojamento e taxas de serviço da própria instituição, o valor total fica em torno de 22 mil dólares. Contudo, não cobre os gastos pessoais da aluna, que ficam mais de 8 mil dólares para o ano todo, além dos gastos com os documentos adicionais. Ao todo, ela calcula que precisará de R$ 51 mil no primeiro ano. Porém, não tem condições de pagar essa quantia.

Sonho em estudar fora do país

O sonho de estudar no exterior surgiu ainda no ensino fundamental. Nascida em Caldas Novas, Maria Julia, ou Maju, como é chamada por amigos e familiares, se mudou com a família para Goiânia com a intenção de se dedicar aos estudos. Após sua equipe ganhar primeiro lugar na fase estadual da Olímpiada Brasileira de Robótica, em 2014, a jovem viu uma nova possibilidade para o futuro.

“Fomos para a fase nacional da olimpíada e lá eu conheci pessoas de vários lugares diferentes e que tinham a ambição de estudar fora. Sempre valorizei a educação e o meu sonho sempre foi buscar a melhor. A partir disso, passei a ver minha educação de forma diferente”, contou.

A informação de que havia sido aceita nas universidades veio por e-mail. “Quando cliquei, apareceu o site com o fundo todo preto, escrito no meio: ‘ver decisão’. Cliquei e, em seguida, começou um vídeo com vários alunos me dizendo que eu havia sido aprovada. Logo depois, apareceu a carta de aprovação, onde realmente caiu a minha ficha. Foi uma sensação incrível, maravilhosa de gratidão, pois foram vários anos que culminaram nesse resultado”, afirma a adolescente.

A jovem buscou motivação no desejo de ter um ensino de qualidade e a oportunidade de conhecer outras culturas. “Foram anos me conhecendo, sabendo o que eu queria fazer, me dedicando, indo além. Esse momento da aceitação foi uma retribuição pelos anos de trabalho que eu tive. Foi extremamente gratificante, fiquei tão emocionada! ”, comemorou.

Irmã de Maju, Mariana da Silveira Castro, de 21 anos, também celebrou a conquista. “Maju sempre foi uma menina muito madura, atualizada e decidida, então ela buscou por ela mesma orientações e grupos que apoiavam alunos nesse processo, que é tão diferente do nosso país. Nós ficamos muito orgulhosos, extremamente felizes com essa conquista”.

Processo seletivo

Diferente das faculdades brasileiras, o processo de admissão para instituições de ensino norte-americanas é levado em consideração não somente as notas, mas também a personalidade do candidato, suas ambições, atividades extracurriculares e entre outros. Apesar das muitas exigências, Maria Julia buscou meios de se preparar e investir na carreira acadêmica com voluntariados, experiências acadêmicas no exterior e entre outros.

Em 2020, entre mais de 7 mil inscritos, Maria Julia foi umas das 46 selecionadas para fazer parte de um grupo de mentoria chamada “Prep Estudar Fora”, da Fundação Estudar. Um preparatório gratuito que oferece orientação para o processo de admissão em faculdades fora do Brasil. O programa engloba uma série de preparações e dicas importantes para que os estudantes possam ter mais chances de aprovação, como quais exigências são levadas em consideração.

Junto com o preparatório, o programa também oferece uma bolsa que cobriu todos os custos com as inscrições para as universidades.

“O processo para admissão nos Estados Unidos é bem diferente do que aqui no Brasil. Para realizar a candidatura é necessário pagar várias taxas, dinheiro que eu não tinha, e eles me deram esse auxílio financeiro para me ajudar no processo. O programa ajudou a me direcionar ”, explicou.

Por G1 Goiás / Foto: Reprodução

Veja também

PUBLICIDADE