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Cidades

Deputado Gustavo Gayer, de Goiás, é alvo da PF por desvio de cota

Cerca de 60 policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, em Brasília e Goiás

25/10/2024, às 12h10

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e assessores são alvo da Operação Discalculia, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (25/10) com o objetivo de desarticular associação criminosa voltada para desvio de cota parlamentar, além de falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

Cerca de 60 policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO). Além da residência de Gayer, os policiais foram a seu gabinete, em Brasília, e a casas de seus assessores.

Logo depois da operação, Gayer divulgou nas redes sociais um vídeo em que culpa o ministro do STF Alexandre de Moraes pela busca e apreensão e chama a PF – que, segundo ele, esmurrou sua porta – de “jagunço de ditador“, numa referência ao magistrado.

“Este é o Brasil que a gente tá vivendo agora. É surreal o que estamos vivendo. Onde isso vai parar? Vieram à minha casa, levaram meu celular, HD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Eu não sei por que estou sofrendo busca e apreensão, numa sexta-feira, dois dias antes das eleições, claramente tentando prejudicar o meu candidato Fred Rodrigues”, reclamou Gayer, no vídeo.

“Eu falei para a PF que estava aqui: ‘Não estou acreditando que essa corporação que a gente tanto admirou, que a gente tanto tentou proteger, hoje viraram jagunços de um ditador’. Sinceramente, esse é o momento que a gente começa a perder a esperança mesmo”, completou.

Crimes investigados

Os delitos investigados pela Operação Discalculia são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.

A operação recebe o nome de Discalculia – transtorno de aprendizagem relacionado a números – porque foi identificada falsificação na Ata de Assembleia da constituição da Oscip, consistente em data retroativa (ano de 2003). Porém, o quadro social à época seria formado por crianças de 1 a 9 anos.

Por Metrópoles

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