Saúde alerta sobre riscos de exposição ao vírus do Sarampo
27/05/2015, às 08h05
O sarampo é uma doença viral altamente transmissível, irradiado de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou espirrar. Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento do nariz. Após estes sintomas, geralmente há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias.
O vírus pode ser transmitido cerca de cinco dias antes ou cinco dias após a erupção cutânea, podendo evoluir com complicações eventualmente fatais ou que levem a sequelas.
Goiás está livre da circulação do vírus do sarampo desde 1999. No entanto, o Brasil, em 2014, apresentou 730 casos confirmados e em 2015 já foram reconhecidos 80 casos. Alguns Estados detectaram casos, especialmente o Ceará que vive um surto da doença (considerado extensão do surto de sarampo de Pernambuco que ocorreu nos anos de 2013 e 2014), que persiste por 15 meses.
Frente a este cenário epidemiológico nacional do sarampo e o risco eminente de exposição ao vírus, a Vigilância Epidemiológica Estadual recomenda:
• Vigilância sensível para todos os casos de doença que apresentem febre e erupção cutânea, com o objetivo de assegurar uma detecção precoce e resposta rápida a todos os casos suspeitos de sarampo.
• Mantenha sua situação vacinal atualizada de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, especialmente profissionais de saúde, turismo, educação. A vacina tríplice viral está indicada para crianças de 12 meses até adultos com 49 anos de idade.
• Caso pretenda viajar para a Região Nordeste, e/ou países que estão em surto como África e Ásia, assim como regiões da América e Europa que tiveram aumento do número de casos, vacine no mínimo 2 semanas antes da viagem. Esta dose não será válida para esquema vacinal do calendário da criança no caso de crianças de 6 a 11 meses.
É importante salientamos que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção da doença. A vacina é disponibilizada gratuitamente nos 914 postos de vacinação distribuídos em Goiás. O Estado apresenta coberturas vacinais elevadas para esta vacina de 122,20%, e ainda assim é mantida intensificação da rotina e campanhas anuais.
RECOMENDAÇÕES ÀS VIGILÂNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS MUNICIPAIS:
• Alertar a suas unidades municipais de saúde, públicas e privadas, através dos meios de comunicação disponíveis, sobre a situação epidemiológica do sarampo e para que mantenham atenção especial aos casos de doença exantemática. Ao detectar um caso suspeito a unidade de saúde deverá: notificar imediatamente à vigilância epidemiológica municipal, coletar espécimes clínicos (sangue, secreção rinofaríngea e urina) para realização de diagnostico laboratorial e isolamento do paciente.
• Proceder notificação à vigilância epidemiológica estadual em até 24 horas e investigação criteriosa do caso em até 48 horas;
• Realizar bloqueio vacinal seletivo em mulheres com idade até 39 anos, homens até 49 anos e crianças a partir de 6 meses de idade que não possuam comprovação vacinal (cartão de vacina).
• Monitorar a cobertura vacinal do município, vacinação de rotina e busca de faltosos, além da vacinação de bloqueio, a fim de identificar possíveis casos suscetíveis, para ampliar e fortalecer a sua homogeneidade em todo o Estado.
• Buscar a capacitação e reciclagem dos profissionais de saúde frente aos casos de doenças exantemáticas febris, condutas no atendimento inicial, confirmação diagnóstica dos casos e medidas de controle.
Definição de caso suspeito de sarampo:
Todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite; ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior ou região nordeste nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém vindo do exterior ou região nordeste.
Fonte: Secretaria da Saúde