Todos tem direito a informação
Todo cidadão que vive no século XXI conhece o poder que a mídia desempenha e a sua importância para o desenvolvimento de uma comunidade.
31/05/2016, às 23h05
Todo cidadão que vive no século XXI conhece o poder que a mídia desempenha e a sua importância para o desenvolvimento de uma comunidade. Nenhuma sociedade democrática sobrevive sem uma imprensa ativa, que dê publicidade aos acontecimentos que interessam a coletividade. A pressão que os meios de comunicação exercem é indispensável na elucidação de fatos importantes. Tanto políticos, como nos casos do Mensalão, Petrolão, Pedaladas Fiscais, Lava Jato… quanto criminais, como o estupro da menor no Rio de Janeiro ou da estudante assassinada quando saía do colégio em Goiânia.
Recentemente foi notícia a manifestação de um grupo de artistas brasileiros, que em Paris protestavam contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC). Horas após a mídia anunciava a lista dos beneficiados com a Lei Rouanet, mostrando os valores gastos em momento de crise e o nome da maioria dos militantes favorecidos, deixando evidente a causa do protesto. Outras divulgações foram feitas mostrando os excessos de gastos do MinC com servidores e a falta de ações relevantes desempenhada pelo órgão.
Portanto, não se pode negar que, existindo a liberdade de imprensa, ela cumpre o seu papel de pressionar as classes superiores, que detém o poder, para que haja uma sociedade mais justa. Cabe ao leitor atento tirar o máximo de proveito das publicações para que estas sirvam a maioria. O sucesso está diretamente ligado a quantidade de informação que a pessoa adquire, a forma que a recepciona e o modo como a utiliza.
Quem tem conhecimento sai sempre na frente! Não há mecanismo de proteção e desenvolvimento social maior que o saber, por ele, inclusive, vários outros direitos podem ser resguardados. Dada a relevância o tema foi sedimentado pelo legislador brasileiro no artigo 5º da Constituição Federal, onde trata dos direitos e deveres individuais e coletivas. “É assegurado a todos o acesso à informação”.
A Carta Magna diz ainda que “nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social”, deixando claro que todos os temas podem e devem ser abordados com isenção pela imprensa.
Claro que não dá para aceitar passivamente, como verdade, toda reportagem. Assim como é preciso saber com precisão a motivação dos acontecimentos para alcançar um bom discernimento, possibilitando que gere conhecimento. Mas o homem mediano sabe muito bem a necessidade de analisar a fonte, checar a informação e entender os pontos controvertidos de qualquer registro de forma racional. O importante é manter-se informado! Boa leitura.
Editorial – Edição 96