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Policiais de Goiás são contratados para executar cigano no Espírito Santo

06/10/2015, às 07h10

Dois homens em uma moto atiraram contra um cigano que estava com o filho. Investigação aponta que executores são sargentos da PM de Goiás

briga de ciganosA motivação do crime que deixou dois mortos em Linhares, Norte do Espírito Santo, neste domingo (4), foi uma briga entre famílias ciganas. A investigação da Polícia Civil apontou que os dois homens que atiraram contra um pai que jogava baralho com o filho são dois sargentos da Polícia Militar de Goiás, contratados para o crime.

O pai, que era cigano, jogava com o filho na calçada, na principal avenida do distrito de Bebedouro, em Linhares, quando foi surpreendido por tiros disparados por dois homens em uma motocicleta. O cigano morreu na hora. Já o filho dele, que também estava armado, começou a disparar contra os dois sargentos da PM. Um deles também morreu no local e o outro ficou ferido. O filho fugiu.

A investigação da Polícia Civil após o crime identificou os policiais como Marcelo Vieira, de 39 anos – que morreu no local, – e Jorgelino Rodrigues da Silva, de 45 anos, que está internado em estado grave no Hospital Rio Doce.

O motivo do crime seria uma briga entre famílias ciganas, uma de Linhares e outra de Goiânia. Os dois militares foram contratados para executar o cigano que estava no distrito de Bebedouro.

“A princípio, eles vieram fazer um serviço de pistolagem, foi mediante pagamento, ao que tudo indica. A vítima (cigano) teve uma desavença com uma família cigana de Goiás e em decorrência disso começou uma briga, que já vem se arrastando. Então esses criminosos, revestidos da profissão de policiais militares, vieram de lá (Goiás) com o objetivo de assassinar a vítima”, disse o delegado André Jareta.

As investigações mostram que o crime foi planejado com antecedência. “Um deles [policial militar] já havia chegado há uns 10 dias em Linhares, se hospedou em um hotel, realizou alguns levantamentos acerca da vítima, da vida que ela levava, para fazer uma execução perfeita”, disse o delegado.

Uma picape e a moto usada no crime foram apreendidas pela polícia. As investigações continuam, pois o filho do cigano, que atirou nos policiais, fugiu e ainda não foi localizado.

“Ele não é considerado foragido porque não há mandado de prisão contra ele e, a princípio, não há o desejo de prendê-lo. Em tese, a ação dele foi respaldada pela legítima defesa, ele tentou defender o pai que estava sofrendo os disparos”, disse o delegado.

O sargento Jorgelino está internado em estado grave, mas já foi autuado por homicídio qualificado. Ele está sob escolta policial e assim que tiver alta será encaminhado para o Quartel da Polícia Militar em Maruípe, Vitória. Sebriga de ciganos 2 condenado, o PM pode pegar até 30 anos de prisão.

Polícia de Goiás
Por meio de nota, a Polícia Militar de Goiás disse que esse foi um caso isolado envolvendo policiais da corporação. Informou ainda que o sargento morto no tiroteio, Marcelo Vieira, estava afastado das funções por dispensa médica e que Jorgelino está de férias.

Ainda segundo a PM de Goiás, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Espírito santo, mas também é companhado pela Corregedoria e Serviço de Inteligência da PM de Goiás.

Fonte: G1

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