Júri condena homem que matou ex-esposa a golpes de canivete
21/05/2015, às 23h05
Para iniciar a leitura da sentença condenatória de 17 anos e três meses o juiz determinou que o réu fosse algemado e, logo após, conduzido ao presídio local
Em julgamento realizado, hoje (21), no fórum da Comarca de Piranhas o corpo de jurados, composto por sete mulheres, condenou Hélio Ferreira de Lima, 48, acusado de matar sua ex-esposa Maria Aparecida Lina de Amorim a golpes de canivete.
A multidão, formada especialmente por parentes da vítima, aguardava ansiosa quando por volta das 16h o juiz da comarca Wander Soares Fonseca determinou que o réu fosse algemado e iniciou a leitura da sentença condenatória de 17 anos e três meses, a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Definida a pena o réu foi conduzido ao presidio local.
Da decisão cabe recurso sem feito suspensivo (quando suspende os efeitos da decisão enquanto o recurso não for julgado), mesmo assim os advogados do réu Palmestron Francisco Cabral e Jefferson Miranda Duarte prometem recorrer para diminuir a pena. A defesa alega que o réu “agiu em defesa da honra”, o que não foi aceito pelos jurados.
Para a família da vítima “mesmo a pena não trazendo de volta Maria Aparecida” a justiça foi feita. “Estamos muito satisfeitos com trabalho do Ministério Público, nós dá uma sensação de que a justiça foi feita”, declarou o irmão da vítima Gerlando Rosa de Amorim.
Durante a sessão a defesa chegou a pedir ao juiz que os familiares da vítima retirassem a camisa que estampava uma foto de Maria aparecida, mas o magistrado informou que “as manifestações são livres desde que sejam pacíficas”.
Do crime
Consta nos autos do processo que no dia 27 de outubro de 2010, na Rua Gaivota, Setor Eldorado, em frente à Igreja Assembleia de Deus Hélio Ferreira de Lima alvejou a sua ex-esposa, Maria Aparecida Lina de Amorim, 27 anos na época, com dois golpes de canivete no pescoço. Ainda segundo o processo a motivação do crime teria sido a separação do casal a cerca de 40 dias do ocorrido.
De acordo com a denúncia Hélio “não se conformava com a separação e era movido por um ciúme doentio”, a discussão teria iniciado por mais uma tentativa de reatar o relacionamento e crise de ciúmes.
Tendo a vítima falecido poucos minutos após os golpes, Hélio foi preso durante sete meses, mas conseguiu liberdade condicional para aguardar o julgamento.