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Política

Impeachment: Peritos do Senado dizem que decretos foram irregulares

06/07/2016, às 08h07

Em depoimento, técnicos da Casa afirmam que governo sabia que não atingiria a meta fiscal quando liberou os créditos suplementares

Eduardo CardosoA comissão do impeachment ouviu ontem os técnicos do Senado responsáveis pela perícia. Eles reafirmaram o entendimento de que houve ilegalidade tanto nos decretos de crédito suplementar quanto nas pedaladas, ressaltando não terem identificado ato direto da presidente no segundo caso. Os peritos ressaltaram que não analisaram se houve dolo de Dilma, uma vez que essa decisão caberá aos senadores, responsáveis por determinar se houve crime de responsabilidade.

Ao longo dos debates, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) se exaltou. Chamou de “escroque” o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que o presidente interino, Michel Temer, estaria usando parte do déficit fiscal de 2015 para garantir o afastamento definitivo de Dilma. “A presidente fez uma pedalada para ganhar a eleição, e hoje estamos vendo uma fraude de R$ 170 bilhões, que todos os economistas no Brasil já comentam, sendo que R$ 50 bilhões foram para garantir a aprovação do impeachment. Acho que é muito feio partirmos para essas acusações”, disse Kátia, que é correligionária de Temer e foi ministra de Dilma.

A presidente afastada não prestará depoimento hoje à comissão do impeachment e será representada pelo advogado, o ex-ministro José Eduardo Cardozo. A decisão foi comunicada ao colegiado antes da sessão de ontem e anunciada pela própria Dilma em entrevista à Rádio Folha de Pernambuco. Os principais trechos foram publicados na conta da presidente afastada no Twitter.

“A minha defesa amanhã (hoje) será feita por escrito e lida pelo meu advogado. Estamos avaliando a minha ida ao plenário do Senado, em outro momento, disse Dilma, que chamou o processo de impeachment de “fraude”.

Cardozo destacou que a manifestação será lida em nome da presidente afastada, o que tem efeito similar à presença. Segundo a comissão, não serão permitidos questionamentos. O ex-ministro explicou que o motivo da ausência é a possibilidade de Dilma ir a plenário do Senado no julgamento final. Na avaliação de Cardozo, seria um lugar mais adequado para se defender.

Fonte: O Popular

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