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Cidades

Horário de verão começa e prevê economia de 4% de energia em Goiás

Engenheiro explica que medida evita pico de gasto e uso de equipamentos. Alguns moradores dizem que não sentem mudança no bolso e se incomodam

17/10/2016, às 11h10

suspeitos_presos_620O horário de verão, que começou às 0h deste domingo (16), deve gerar uma economia de energia de 4% em Goiás, segundo engenheiro da Companhia Energética de Goiás (Celg), Sérgio dos Santos Júnior. Ele explica que a redução acontece porque, adiantando uma hora no relógio, o momento de maior gasto de energia da população não coincide com o horário de acender a iluminação pública, diminuindo a demanda de energia ao mesmo tempo.

“Ao reduzir a demanda de energia naquele horário, eu uso menos equipamentos, então não preciso ligar novas subestações ou colocar novos transformadores e pode ser que não precise ligar as usinas termoelétricas, que são as mais caras e são as últimas a serem ligadas. Isso acaba que impacta indiretamente no preço pago pelo consumidor, que fica menor”, explicou.

Júnior afirmou que a principal economia acontece entre 18h e 21h. Apesar da previsão de economizar 4%, ele destaca que é possível esperar ainda mais economia.

“No ano passado também foi de 4%. Isso pode variar por causa da questão econômica. O consumo de energia é muito ligado à economia e estamos em um período difícil. O consumidor tenta conter os gastos, as indústrias deixam de efetuar 3º turno, muitos comércios fecha, então tem redução natural, pode ser que seja mais de 4% porque soma a economia que as pessoas fazem”, pontuou.

Adaptações
Apesar da previsão de economia, alguns moradores de Goiânia reclamam que não sentem a mudança no bolso e acreditam que a medida traz prejuízospara a rotina diária.

A atende de uma padaria da capital, Vanessa Dias da Silva, de 18 anos, conta que já acorda 5h30 todos os dias e acha que no começo vai ser difícil para se adaptar e acordar uma hora mais cedo. “Vai ser bem puxado, mas com o tempo a gente se acostuma, só preciso ir dormir mais cedo também”, comentou.

Já o vendedor de coco Genildo Manuel da Silva, de 45 anos, conta trabalha no ramo há 4 anos e que o maior problema com o horário de verão é que o número de clientes diminui e começa a ir mais tarde para o parque onde ele tem a banca.

“Para mim não é bom. No começo cai bastante as vendas porque ninguém vem tão cedo e mais no final da manhã o sol já está quente, então não vêm também. No horário normal eu costumo ir embora às 21h, porque é quando já não tem mais ninguém. No verão os clientes vêm mais tarde, então às vezes preciso ficar até quase 22h e ainda acabo ganhando menos”, reclamou.

A doméstica Maria do Carmo Rodrigues, de 55 anos, conta que o principal problema com o novo horário é a segurança no ponto de ônibus no início da manhã. “Eu saio de casa às 5h15, então ainda está muito escuro, no horário de verão é pior ainda, é bem perigoso. No final do dia é até bom porque ainda tem sol quando estou indo para casa”, disse.

A também doméstica Nency Rocha, de 30 anos, concorda que é perigoso ir para o ponto de ônibus muito cedo, mas também reclama que não vê nenhuma economia, “Acho que não faz nenhuma diferença. O que economiza no final da tarde a gente gasta de manhã”, pontuou.

Para a corretora de imóveis Idalva Santos, de 44 anos, a maior dificuldade é convencer a filha de 7 anos a acordar mais cedo para ir à escola. “Já é difícil no horário normal, no de verão é mais difícil ainda para adaptar. No fim do dia a gente ainda tem a sensação de que está chegando mais cedo”, completou.

Fonte: G1

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