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‘Era bonita, não precisava’, diz prima de enfermeira que morreu após lipo

25/06/2016, às 14h06

Corpo está sendo velado em Gurupi, onde a família da jovem mora. Suellen Santana teve parada cardiorrespiratória e morreu em Goiânia

suellen_enfermeira_gurupi“Ela era muito bonita, não tinha necessidade alguma de fazer procedimento”. O desabafo é de Thayanne Gomes, prima da enfermeira Suellen da Silva Santana, de 28 anos, que morreu nesta sexta-feira (24), um dia depois de fazer uma lipoaspiração em um hospital de Goiânia. A vítima trabalhava no Hospital Regional de Gurupi, sul do Tocantins, onde vive a família.

Suellen teve parada cadiorrespiratória de causa desconhecida, segundo informações do Hospital Máster, onde a jovem fez a operação. Já a prima da enfermeira, alega que ela tinha anemia falciforme e não estava apta para fazer a cirurgia. “O cirurgião estava consciente do problema e topou operar ela, não deu nenhuma restrição. Se ele tivesse falado que tinha algum problema ela não tinha feito a cirurgia”, afirmou.

O corpo dela chegou a Gurupi às 3h30 deste sábado (25) e está sendo velado em um salão de uma funerária, na avenida Santa Catarina. O enterro deve ser realizado às 16h do mesmo dia.

Segundo a prima, a cirurgia era um sonho de Suellen, mas que o pai tinha pedido para ela não fazer o procedimento.

“Se tornou um sonho nos últimos meses. Meu tio não queria que ela fizesse, falou que não iria deixar. Ela chorou, conversou com ele, disse que era um sonho. No final acabou concordando, mas disse que iria acompanhá-la em tudo. Ele estava no hospital quando ela morreu”.

Thayanne disse que o pai e a mãe da vítima estão muito abalados e evitam falar sobre o assunto. É que a outra irmã de Suellen morreu há quatro anos, em decorrência de uma dengue hemorrágica. “Eles perderam as duas filhas. Meu tio se fechou desde que a Cristiele morreu. Agora, ele não aceita a gente nem falar o nome das duas. Situação complicada”, disse.

Vaidade
A prima argumentou que Suellen não precisava fazer a cirurgia, mesmo assim ela reclamava que estava com “uma barriguinha e que o braço estava gordinho”.

Thayanne conta que a jovem sofria de anemia falciforme e um médico de Gurupi tinha recomendado que ela não fizesse o procedimento. Mas a enfermeira viajou para Goiânia para consultar com outro médico, que topou operá-la, sem qualquer restrição.

“Não sabemos se foi fatalidade, se foi um erro médico ou excesso de vaidade. Mas é bom expormos para a sociedade o risco. Por conta de uma vaidade, às vezes perdemos um ente querido. A pessoa deixa de viver uma vida”, lamentou.

Entenda
A enfermeira fez a cirurgia na quinta-feira (23). A prima disse que após o procedimento, ela foi para o quarto, comeu e conversou. Na madrugada de sexta-feira, sentiu mal. “Começou respirar ofegante, depois lentamente e aí correram com ela para o centro cirúrgico”.

Em nota, o Hospital Máster, onde a enfermeria fez a cirurgia, informou que a paciente passou por exames pré-operatórios que apontaram todos os resultados normais.

O texto diz que a cirurgia de Suellen aconteceu sem nenhum tipo de intercorrência e que, quando a mulher passou mal, foi socorrida pela equipe médica. De acordo com a unidade, Sullen foi “imediatamente atendida por médicos que realizaram todas as medidas de reanimação possíveis, por mais de duas horas, quando foi declarado o óbito”.

Fonte: G1

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